quarta-feira, 9 de outubro de 2013

SAAL – Ciclo Documental




O I2ADS - NEA / FBAUP apresenta, em colaboração com o Cineclube do Porto, um ciclo de cinema onde se pretende lançar um olhar reflexivo sobre o Projecto SAAL em Portugal, no âmbito do Programa “Bridging fissures, building engagement -- INTERVENÇÃO PARTICIPADA NA CIDADE”. No final das sessões (exceto na primeira) haverá um espaço de comentário/debate com a presença de convidados.
O SAAL
O Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL) foi um programa estatal, lançado durante o I Governo Provisório pelo arquiteto Nuno Portas que, entre 1974 e 76, desenvolveu, por todo o país, ações de renovação urbana destinadas a mitigar as graves carências habitacionais de que as classes populares da sociedade portuguesa padeciam. [...] Na sua declaração de princípios, o SAAL convidava os moradores a participarem na resolução dos problemas habitacionais, salientando o seu direito à cidade. Nenhuma operação SAAL era iniciada sem que fosse apresentada junto das autarquias a expressão organizada da vontade popular. [...]
Os residentes escolhiam os seus representantes nas “brigadas”, grupos de trabalho que integravam técnicos sociais, engenheiros, arquitetos e populares das zonas de intervenção. O seu objetivo era efetuar o levantamento das necessidades no terreno e concretizar as soluções necessárias para resolver os problemas identificados ao nível do alojamento. Simultaneamente, ao longo da sua existência fugaz, o SAAL catalisou diversas experiências de participação e activismo comunitário, dinamizadas a partir dos processos de realojamento, integrando aspetos culturais, económicos e políticos.
 in O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974
José António Bandeirinha, Imprensa da Un. Coimbra (2007) 
27 de Setembro:
“Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia” 
de António da Cunha Telles
Portugal | 1976 | Doc | Cor | 108’
A Meia-Praia, comunidade piscatória próxima de Lagos vive com o 25 de Abril de 1974 uma experiência original e exemplar. As velhas casas são substituídas por moradias de pedra erguidas pela população e nasce a esperança de constituição de uma cooperativa de pesca. Surgem dúvidas, contradições, desgaste. Assiste-se ao primeiro ato eleitoral livre. Filmado na linha dos grandes clássicos russos, as personagens ganham uma dignidade e uma nobreza ímpar, iluminados pelo sol do Algarve.
Argumento: António da Cunha Telles Produção: Animatógrafo Fotografia: Acácio de Almeida Montagem: António da Cunha Telles e Gisela da Conceição Diretor de Som: João Diogo Sonoplastia e Misturas: Alexandre Gonçalves Música e Canções: José Afonso Gravuras: Renée Gagnon Estreia em Portugal: Cinema Império de Lagos a 25 de Abril de 1976 Festivais: Quinzena dos Realizadores, Festival de Cannes.
4 de Outubro:
“Paredes Meias” de Pedro Mesquita
11 de Outubro
“Porto, 1975” de Filipa César
“As Brigadas do SAAL” de Catarina Alves Costa
“Meninos Ciganos” de Manuela Bacelar





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